Bolsa Produtividade. Pesquisador 1B/CNPq. Esse projeto de pesquisa é um sub-projeto do projeto que tem como título: MEGA-REGIÃO RIO DE JANEIRO-SÃO PAULO Termo de Referência do projeto INCT/CNPq/Faperj do Observatório das Metrópoles. Tem como centro a discussão do desenvolvimento da urbanização regional como um processo que emerge nitidamente no século XXI e se impõe sobre a urbanização constitutiva de metrópoles, denominada de urbanização metropolitana por Soja, em seu texto: Para além de postmetropis. Revista UFMG ,nº 20, 137-167, 2013, e que caracterizou o século XX. O desenvolvimento de uma urbanização regional revela uma mudança paradigmática na verdadeira natureza do processo de urbanização e a compreensão dessa mudança se constitui na motivação e propósito dessa proposta. O objetivo da pesquisa é de discutir a urbanização regional e o conceito de megarregião, bem como de analisar a constituição da megarregião Rio de Janeiro-São Paulo levando em consideração as características atuais do capitalismo. A hipótese dessa pesquisa é a de que o desenvolvimento dessa megarregião se relaciona à lógica do capitalismo global financeirizado que caracteriza os dias atuais. Mas, também à lógica do capital produtivo. Conjugam-se nela os processos de capitalização e de valorização, o que significa dizer que é região de atuação privilegiada do capital fictício, bem como de atuação privilegiada do capital produtivo. Em suma, combinam-se aí, os mecanismos diferentes de capitalização com os de valorização. Também aí se associam as lógicas de aglomeração e de dispersão, de homogeneidade, fragmentação e hierarquia entre os lugares consubstanciando as policentralidades, em que o Rio de Janeiro e, em particular, São Paulo detém a primazia da gestão do capital e de serviços de nível superior. E, ainda, conjugam-se nessa megarregião as áreas de alta e baixa densidades de diversas naturezas, a indústria inovadora, as atividades econômicas heterogêneas e complementares e a densidade de condições gerais de produção com expressiva densidade de fluxos materiais e imateriais. Tudo isso num quadro com fortes vínculos com a economia global. É importante sublinhar, em primeiro lugar, que o escopo dessa proposta de investigação não se restringe ao conhecimento do tema em si da pesquisa, pois o intuito é, também, de contribuir para o desenvolvimento teórico da geografia, atualizando conceitos e abordagens. Em segundo, que embora a análise tenha um sentido intelectual, a intenção é de ir além, como desdobramento da investigação, refletindo sobre os sentidos que essas megarregiões possam ter para a vida humana. E, por último, com essa pesquisa buscamos colocar em pauta dinâmicas socioespaciais que vem ocorrendo no mundo todo, mas que necessitam ser compreendidos em sua particularidade, de terem se constituído como processos de forma dependente no contexto brasileiro.