As etapas de transformação da Mata Atlântica tiveram como consequência principalmente o aparecimento, ao longo do tempo, de duas resultantes ambientais, largamente conhecidas: a deflagração de processos erosivos e a perda da biodiversidade. No caso do vale do médio rio Paraíba do Sul (RJ. SP e MG), o legado do ciclo econômico do café do século XIX representou um custo significativo à sociedade, pela degradação das estruturas que mantém os ecossistemas em funcionamento. A presente proposta é uma pesquisa de caráter interdisciplinar e colaborativo visando: a) o resgate de uma história regional pouco conhecida, baseada na pesquisa em Geografia Histórica; b) o conhecimento da biodiversidade da Mata Atlântica em fragmentos florestais do médio Paraíba e em áreas de antigos moinhos de aguardente em Paraty (RJ); c) a identificação de parâmetros capazes de identificar a qualidade e diagnosticar o funcionamento dos ecossistemas, bem como fornecer orientações para a sua preservação e sua gestão; d) integrar os conhecimentos obtidos inserindo-os em uma proposta de metabolismo social para a região produtora de café por meio do entendimento da paisagem cultural resultante do processo desse uso pretérito. Buscando uma dimensão ética que conecta a Geografia Histórica à sociedade, o projeto procura resgatar estes conhecimentos para a transmissão junto à rede pública e às comunidades locais das áreas focais do projeto. Recentemente foi firmada parceria com o no Centro de Investigaciones en Geografía Ambiental da Universidade Nacional Autônoma do México visando a pesquisas de História Ambiental comparada entre Brasil e México