PPG Geo

A cafeicultura, que historicamente teve grande importância na organização sócioespacial do Rio de Janeiro, volta a se destacar no cenário econômico do estado. Mas desta vez, ao invés de ser um mero produtor de cafés commodity de baixa qualidade, onde seria apenas mais um estado produtor em um cenário de concorrentes mais estruturados, se apresenta como um produtor que busca destacar suas qualidades intrínsecas, se candidatando disputar espaço em um mercado cada vez mais exigente que cobra não somente qualidade, mas que o produto também seja dotado de sustentabilidades. O município de Varre-Sai emerge como o grande protagonista dessa nova realidade da cafeicultura fluminense. Historicamente produtor de cafés commodity, ingressa no mercado de cafés especiais, onde além da qualidade do produto tem que atender as demandas de um conjunto de sustentabilidades ambiental, social e econômica. Se a produção de cafés especiais no município é sustentável e se possui capacidade de se difundir a um número maior de produtores e ampliar a arquitetura política que lhe permitiu atingir o atual patamar é o que essa pesquisa pretende responder. Enumerando os atores envolvidos nessa história de sucesso, bem como os desafios que se apresentam para a continuidade e expansão do projeto. Com os resultados obtidos espera-se que o modelo sirva como parâmetro para outras experiências de sucesso no agronegócio do café.