O presente texto tem como finalidade apresentar uma reflexão sobre a retomada da onda de remoções na cidade do Rio de Janeiro em meio ao contexto de empreendedorismo urbano, onde as cidades deixam de ser administradas para benefício de seus habitantes e passam a ser entendidas como empresas. Os grandes eventos internacional que ocorreram no Rio de Janeiro foram usados como desculpa para a administração publica modificar sua postura acerca dos investimentos, fato que colocou áreas periféricas, particularmente algumas favelas, na lista de remoções. A potencialidade do pensamento da cidade enquanto mercadoria vem ameaçando na última década o que se entende como Direito à Cidade, fazendo do Rio de Janeiro um ambiente adaptado para as prioridades econômicas que marginalizam ainda mais parcela da população pobre.