A atualidade expressa enormes contradições que se materializam na atual crise ambiental indicando uma nova era geológica o antropoceno. Neste contexto as universidades necessitam buscar soluções que ultrapassem seus muros e permitam soluções integrais que avaliem o conjunto em detrimento do detalhe. Este artigo trata de forma ampla do bioma Atlantico brasileiro e visou avaliar o projeto piloto de monitoramento de áreas de Mata Atlântica em Unidades de Conservação em áreas urbanas, parceria entre a PUC-Rio e a Secretaria do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro que objetivou trazer as pesquisas desenvolvidas na PUC-Rio na área de sensoriamento remoto na solução efetiva de questões de monitoramento remoto no frágil bioma Atlantico. O projeto foi baseado em imagens de alta resolução IKONOS adquiridas nos anos de 2009 e 2010 do Parque Nacional da Tijuca e do Parque Estadual da Pedra Branca na cidade do Rio de Janeiro. O conhecimento geográfico utilizado na interpretação visual das imagens, produziu classificações que depois foram convertidas em parâmetros digitais no ambiente orientado a objetos o que permitiu a automatização do processo de classificação para identificação de areas de supressão arbórea. O projeto confirmou sua validade técnica ao confirmar a necessidade e a possibilidade de um monitora-mento fino através da classificação automática com imagens de alta resolução em razão da pulverização de cortes característica da pressão antrópica, que acontece nos parques com bordadura urbana em áreas remanescentes de mata Atlantica. A não implementação do projeto como política pública decorrentes de problemas relacionandos a gestão do espaço municipal sugeriu a distância que existe entre a solução criada na esfera acadêmica, extremamente disciplinar, e sua aplicação, e reforçou a necessidade de uma ruptura na forma atual de se fazer pesquisa. A visão multidisciplinar se mostrou necessária para tornar as pesquisas compatíveis com a realidade complexa em que serão aplicadas.