PPG Geo

Nas regiões metropolitanas brasileiras, a organização espacial demograficamente concentrada em um ambiente afetado por expressivos investimentos produtivos, provoca grande degradação ambiental devido ao efeito nocivo das diversas formas de uso dos territórios. Em muitos casos, tal condição de densificação populacional e de investimentos reverte-se negativamente em relação ao que se espera desses ‘espaços repletos de potencialidades’ e recursos, sendo que gestões ambientais integradas são de difícil realização, notadamente pela falta de colaboração e cooperativização entre os entes federativos e outros atores nessa escala regional. Assim sendo, padrões de qualidade de vida passam a ser buscados por pesquisadores que veem em instrumentos diversos, como os de avaliação de impactos cumulativos e sinérgicos, formas de analisar as condições de vida de milhões de pessoas, diariamente, em regiões com populações milionárias. Dentre elas, destacam-se as metropolitanas, que são constituídas por municípios muito povoados, sofrendo diferentes formas de degradação ambiental associadas a empreendimentos industriais em espaços com recursos ambientais expressivos, como os grandes espelhos d’água. Nesse contexto, a Baía de Sepetiba, localizada no limite oeste da cidade do Rio de Janeiro, se apresenta como um dos ambientes naturais mais emblemáticos da região metropolitana carioca para uma avaliação cumulativa e sinérgica, a fim de que sejam identificadas formas de gestão ambiental que sejam focadas na redução dos usos desiguais de recursos naturais coletivos e indispensáveis para a qualidade mais equânime e ordenada de vida para milhões de pessoas.