O presente trabalho valoriza o homem comum. A vida cotidiana levada a cabo pelos sujeitos ordinários da metrópole. Indivíduos que percebem nos interstícios da vida de todo dia uma real possibilidade de transformação da sua realidade alienada e insuportável. Aqui se reconhece a clausura do caos originário da globalização neoliberal como elemento imprescindível para o alastramento da crise urbana. Reclusão que mais parece um labirinto. A cidade do período atual é o espaço mais profícuo para a acumulação de excedente de capital. O aspecto urbano economista se constrói de forma hierárquica e fragmentada. Uma metrópole labiríntica se desenvolve abjeta à apropriação pelos mais pobres, que buscam as mais diversas elucubrações táticas para sua transgressão. No labirinto, para além da sua fuga, é preciso conhecê-lo, compreender o que o constitui e o que está por trás dele. Só assim seria possível procurar qualquer saída. Também é preciso pensar para além da sua forma. É possível fugir e necessário repensar a sua estrutura. Garantir novos contornos para a cidade que estejam mais próximos do reino da liberdade, de uma produção do espaço totalmente outra.