A produção de café no Brasil durante o século XIX foi uma das maiores alavancas para a economia da época. As terras do Vale do Rio Paraíba do Sul foram pródigas produtoras por um intenso, mas breve período de tempo. Essa etapa histórica, com seus processos bióticos e abióticos, deixou marcas na paisagem até hoje. O objetivo desse trabalho é analisar o paleoterritório do café sob a ótica da dinâmica ecológica. Utilizou-se a revisão literária, o índice de circularidade e entrevistas a habitantes locais. Algumas conclusões são que a) é necessário arborizar as pastagens e as cercas vivas para aumentar a conetividade ecológica; b) há uma rápida perda de conhecimento etnoecológico que precisa ser documentado e reavivado; c) é importante aprender as lições da história ambiental do Vale do Paraíba, pensando naquelas áreas que estão sendo utilizadas para plantio do café sob sol no Brasil e em outros países tropicais.