Este trabalho propõe algumas reflexões sobre as problemáticas do espaço urbano no tempo presente. Analisa-se a totalidade em Henri Lefebvre como um movimento dialético que mantém um Marx vivo, mas mortal e inacabado, o que ainda parece suficiente para as postulações teóricas da urbanização planetária e da metropolização. Aproveitamos o ensejo para caracterizar a questão da metropolização e da difusão da vida metropolitana enquanto vereda analítica extremamente enriquecedora, principalmente se amparada pela tríade homogeneização-fragmentação-hierarquização, entendendo que no período atual faz mais sentido pensar em uma leitura do espaço urbano produtor de múltiplas centralidades do que de centros e periferias. Ademais, reconhece-se o gesto enquanto contingência efetiva da prática revolucionária, direcionamento teórico que só se faz possível mediante o pensamento em movimento de uma geografia das existências.