Este artigo caminha pela história do departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio – do qual o autor é, para além de testemunha, produtor e produto – enquanto um “eu coletivo”. Através dessa trajetória, destaca a relevância da ciência geográfica (e sua potência) no enfrentamento dos processos de: i) desigualdade socioambiental que marcam a sociedade capitalista contemporânea; ii) homogeneização de ideias, também constituídos em tendência na sociedade como um todo – e que carregam consigo as sombras do discurso único, afetando, sobremaneira, a “etnodiversidade intelectual” (considerada necessária a esse embate). Assim, discute a noção de Meio Ambiente (noção esta que foi agregada à denominação do departamento) e a ciência geográfica como saberes integradores. Neste contexto, apresenta, também, construções teórico-conceituais desenvolvidas pelo autor ao longo de sua trajetória geográfica – em especial, as noções de sustentabilidades, sustentabilidades geográficas desiguais e urbanidades no rural, que contém, em seu bojo, a ideia de espaço como totalidade.